Após manobra inédita, a sonda Parker segue sua missão, enviando dados valiosos sobre a estrela
Na véspera de Natal, a sonda Parker, da Nasa, alcançou um feito inédito: chegou a 6,1 milhões de quilômetros do Sol.
A aproximação, realizada com uma velocidade impressionante de 692 mil quilômetros por hora, quebrou dois recordes: foi a maior aproximação de um objeto humano do Sol e a velocidade mais alta já registrada para um veículo espacial.
Sonda Parker: sobrevivência e dados importantes
Após a manobra, a sonda Parker voltou a se comunicar com a Terra na sexta-feira (27), transmitindo um sinal que confirma seu bom estado e funcionamento.
A missão, que já realizou mais de 20 sobrevoos próximos à estrela, tem como um de seus principais objetivos desvendar os mistérios da coroa solar, a camada externa da atmosfera do Sol.
Até agora, a Parker nunca havia chegado tão perto dessa região, onde as temperaturas chegam a 980ºC.
Missão solar e impactos na Terra
A missão da Parker vai além da exploração espacial. Ela busca entender fenômenos solares como o vento solar, cujas partículas interagem com a atmosfera terrestre e geram as auroras boreais e austrais.
Além disso, o estudo das altas temperaturas da coroa solar pode ajudar a explicar fenômenos ainda não compreendidos sobre o comportamento da estrela. Um dos principais mistérios é o motivo pelo qual a coroa solar é mais quente do que as camadas inferiores do Sol, contrariando o esperado.
A resposta a essa questão pode ter implicações diretas para a compreensão do ciclo magnético solar, essencial para entender o impacto da estrela no clima da Terra e nos sistemas eletrônicos.
Expectativa de novos dados
Embora a Parker já tenha enviado sinais de sucesso, a expectativa é de que os primeiros dados da manobra histórica sejam acessados em janeiro. A missão da sonda tem um potencial enorme para ajudar na previsão de fenômenos solares que podem afetar diretamente nosso planeta.
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