Astrônomos identificaram o objeto em rota de colisão apenas 10 horas antes do impacto; evento não causou danos significativos.
Um asteroide, com tamanho estimado entre 50 cm e 1,2 m, entrou na atmosfera terrestre nesta terça-feira (3), provocando uma espetacular bola de fogo. O objeto foi detectado no último momento, apenas 10 horas antes do impacto. Apesar de parecer alarmante, eventos desse tipo não representam riscos reais, já que objetos pequenos se desintegram ao atravessar a atmosfera.
A descoberta foi feita por cientistas do Catalina Sky Survey, projeto que monitora asteroides próximos à Terra. A equipe utilizou o telescópio Bok, no Arizona, para localizar o corpo celeste, que viajava a uma velocidade de 15,5 km/s antes de sua entrada na atmosfera.
Tecnologia ajuda na detecção tardia
Os avanços em tecnologia espacial têm permitido que astrônomos identifiquem objetos cada vez menores e em intervalos curtos antes de impactos. Embora a trajetória do asteroide já o direcionasse para a Terra, saber com antecedência, mesmo que em poucas horas, é essencial para estudos futuros.
O impacto ocorreu sobre a Sibéria, na Rússia, com o asteroide entrando em um ângulo de 58 graus. Observadores em cidades como Yakutsk e Norilsk puderam presenciar um brilho intenso no céu, resultado da fragmentação do objeto na atmosfera.
Um lembrete do passado
Este tipo de evento frequentemente traz à memória o Evento de Tunguska, ocorrido em 1908, também na Sibéria. Na ocasião, um asteroide de tamanho muito maior explodiu sobre uma área isolada, derrubando milhões de árvores em uma região equivalente ao tamanho de uma grande metrópole.
Embora raros, impactos maiores destacam a importância de monitorar o espaço. Sistemas como o Catalina Sky Survey ajudam a proteger o planeta ao rastrear asteroides próximos, permitindo maior preparo em casos mais graves.
Detectar e acompanhar corpos celestes é uma tarefa contínua. Pequenos asteroides como o observado ontem não são perigosos, mas servem como lembretes sobre a necessidade de vigilância espacial.
