Japão traz de volta o modem dos anos 90: lento, retrô e que só serve para enviar fax

Japão traz de volta o modem dos anos 90: lento, retrô e que só serve para enviar fax

Em plena era do 5G, um modem de 56K é lançado no Japão, nos levando de volta às raízes da internet discada.

Você já parou para imaginar como seria voltar no tempo e enfrentar as dores da internet dos anos 90? Pois é exatamente isso que o novo modem da Planex Communications oferece. Em pleno 2024, a empresa japonesa lançou um dispositivo que promete uma experiência nostálgica (ou frustrante) com velocidade máxima de 56 Kbps, suficiente apenas para tarefas simples, como enviar faxes.

O modem USB custa 5.980 ienes (cerca de R$ 223) e é voltado para aqueles que ainda dependem de linhas telefônicas analógicas. Parece piada, mas não é. Em tempos de 5G e fibra óptica, esse aparelho parece ter sido literalmente congelado no tempo.

O que faz alguém comprar isso?

Antes de torcer o nariz, é bom lembrar que alguns sistemas ainda dependem de conexões analógicas. Seja para equipamentos antigos, seja para funções específicas, como transmissão de dados em locais remotos. Apesar da lentidão absurda para os padrões atuais, a compatibilidade com os protocolos V.90 e V.92 pode ser útil em nichos muito específicos. Joguinhos? Nem pensar!

Outro detalhe é que o dispositivo segue o padrão plug-and-play, ou seja, basta conectar ao computador para começar a usar. Ele é compatível com versões recentes do Windows e dispensa drivers. Seu design também é compacto: tem apenas 25mm de largura, 75mm de comprimento e pesa 28 gramas. Prático, mas não muito eficiente.

Nostalgia tem um preço

Nos anos 90, a conexão discada era o padrão. Você tentava acessar um site, mas bastava o telefone tocar para a internet cair. A velocidade nominal de 56 Kbps raramente era alcançada, e carregar uma única página era um exercício de paciência. Ainda assim, para quem viveu aquela época, há um certo charme em relembrar esses tempos.

Mas convenhamos, na era de streaming e downloads gigantescos, quem realmente vai usar isso? É um dispositivo que soa mais como uma curiosidade tecnológica do que uma solução prática. Talvez o Japão, tão apaixonado por gadgets inusitados, seja mesmo o lugar perfeito para essa viagem ao passado.

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