Banco Inter fecha parceria com Orlando City para expandir presença nos EUA

Banco Inter fecha parceria com Orlando City para expandir presença nos EUA

Acordo visa atrair novos clientes e fortalecer a marca do banco em um mercado estratégico em crescimento, incluindo a comunidade latina.

Em busca de consolidar sua expansão internacional, o Banco Inter anunciou uma parceria estratégica com o Orlando City, equipe da Major League Soccer (MLS). O objetivo é ampliar o alcance da instituição financeira nos Estados Unidos, focando não apenas nos brasileiros, mas também em americanos e latinos. A colaboração foi revelada pelo CEO do banco, João Vitor Menin, que destacou a importância do esporte como ferramenta de marketing e engajamento.

Expansão além do público brasileiro

Segundo Menin, o foco inicial da estratégia do banco nos EUA era atender brasileiros que vivem no exterior. No entanto, a visão do Inter evoluiu para abarcar um público mais amplo. “Queremos ser a plataforma financeira de escolha para latinos e americanos. Acreditamos que nossa oferta de serviços pode atrair um público diversificado e crescer em um mercado promissor”, afirmou o CEO. A aquisição da fintech americana Usend, em 2021, foi um passo importante nessa direção, permitindo ao banco oferecer serviços de câmbio, investimentos e contas digitais de forma integrada.

A parceria com o Orlando City, clube que também administra o Orlando Pride, da liga feminina, tem um papel crucial nessa expansão. O Banco Inter será a instituição financeira oficial das duas equipes, com presença de marca no estádio, fan zones e canais de comunicação do clube. A escolha pelo futebol não é aleatória: o esporte vem ganhando popularidade nos Estados Unidos, especialmente com a aproximação da Copa do Mundo de 2026, que será realizada no país.

Marketing esportivo como estratégia de longo prazo

Para Menin, o marketing esportivo oferece vantagens únicas que vão além da exposição de marca. “O patrocínio esportivo gera não apenas visibilidade, mas também engajamento emocional. É uma forma de conectar a marca com os torcedores de maneira autêntica e duradoura”, explicou.

A experiência com o São Paulo Futebol Clube, que teve o banco como patrocinador por quatro anos, reforçou essa percepção. Na época, o Inter ainda era um banco digital emergente e viu o patrocínio como uma oportunidade para construir uma relação forte com o público.

Nos Estados Unidos, o cenário é diferente, mas o potencial é igualmente promissor. A presença do Inter no mercado americano é recente, com pouco mais de um ano de atuação, mas os resultados iniciais são animadores.

O banco já possui 1,78 milhão de clientes no país e continua crescendo. A parceria com o Orlando City deve ajudar a acelerar esse ritmo, especialmente entre os latinos, que são um dos públicos mais engajados com o futebol no país.

Menin destaca que a estratégia de expansão nos EUA inclui uma série de iniciativas para atrair e fidelizar clientes. Entre elas, o desenvolvimento de um super app que integra serviços financeiros e não financeiros, similar ao modelo utilizado no Brasil. “Queremos ser uma solução completa para os nossos clientes, oferecendo desde operações bancárias até compras e serviços”, ressaltou o CEO.

Potencial de crescimento e desafios pela frente

Apesar dos avanços, o mercado americano é altamente competitivo. Bancos digitais como C6 Bank, fintechs globais como Revolut e Wise, além de grandes instituições como Itaú e Bradesco, também estão de olho na comunidade brasileira e latina. Para se destacar, o Inter aposta em um portfólio robusto e na capacidade de adaptação a diferentes perfis de clientes. O banco planeja expandir sua oferta de produtos com serviços de seguros e um programa de fidelidade, que devem ser lançados em breve.

Além disso, o foco não é apenas a aquisição de novos clientes, mas também a rentabilização dos atuais. A receita média por cliente ativo nos EUA ainda está abaixo das expectativas, o que indica que há espaço para crescer nesse aspecto. Menin acredita que, com o tempo, o super app do Inter vai proporcionar uma convergência entre os serviços oferecidos e a geração de receita, tanto financeira quanto não financeira.

O desafio é aumentar o valor percebido pelos clientes e, assim, melhorar a rentabilidade. No Brasil, o Inter conseguiu se consolidar como uma opção sólida e acessível para diferentes perfis de consumidores. Agora, a meta é replicar esse sucesso em território americano, um mercado que, apesar das dificuldades, oferece grandes oportunidades para inovação e crescimento.

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