O PlayStation 2 não só revolucionou os videogames, como também gerou receios militares e deixou um legado duradouro.
O PlayStation 2 (PS2), lançado em 2000, não foi apenas um marco nos videogames, mas também um símbolo de inovação tecnológica. Com gráficos impressionantes e um chip gráfico avançado, o Emotion Engine, o console da Sony levou os jogos para uma nova era.
Mas sua potência causou um efeito inesperado: governos começaram a ver o PS2 como algo mais do que uma máquina de entretenimento.
Tecnologia que despertou preocupações
A rápida ascensão do PS2 fez com que o Japão, seu país de origem, tomasse uma medida extrema. A Sony teve que restringir a exportação do console para países como Líbia, Irã e Iraque, devido a temores de que seu poder de processamento pudesse ser usado para fins militares.
A tecnologia gráfica do PS2 poderia, segundo algumas fontes, ser usada para guiar mísseis ou até mesmo controlar drones, uma tecnologia que começava a surgir.
O Iraque foi um dos países que, apesar das restrições, recebeu o PS2, e surgiram especulações de que o console poderia ser usado para montar um supercomputador militar.
O PS2 além dos videogames
Embora a preocupação com o uso militar nunca tenha se concretizado, o PS2 inspirou um projeto curioso na área de supercomputação. Em 2002, a Universidade de Illinois reuniu dezenas de PS2s para testar o desempenho do console em cálculos avançados.
Embora o projeto tenha sido mais um experimento acadêmico do que uma aplicação prática, ele demonstrou o enorme poder do console, que ultrapassava o universo dos videogames.
Um legado duradouro
Com mais de 155 milhões de unidades vendidas, o PS2 é o console mais vendido da história. Seu impacto foi tão grande que, anos depois, a Sony voltaria a ver seus consoles sendo usados em experimentos militares, desta vez com o PlayStation 3, que se tornou um dos supercomputadores mais poderosos do mundo.
O PS2, porém, permanecerá como um marco na história dos videogames, mostrando que a tecnologia pode ultrapassar fronteiras e influenciar áreas muito além do entretenimento.
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