Nepobaby de raça! Fora da Globo após 40 anos, acompanhe trajetória de Boninho nos realities da TV

Nepobaby de raça! Fora da Globo após 40 anos, acompanhe trajetória de Boninho nos realities da TV

Boninho se despede da Globo após 40 anos. Relembre os sucessos e fracassos do criador de reality shows e as mudanças que vêm por aí.

Na última sexta-feira, os bastidores da televisão brasileira foi surpreendido com a notícia: Boninho está fora da Globo após 40 anos de serviços prestados. Ao longo dessas quatro décadas, Boninho não apenas foi um nome forte nos corredores da emissora, como também se destacou ao encabeçar as versões brasileiras de grandes projetos internacionais.

Transformar enlatados americanos em fenômenos nacionais se tornou sua especialidade. De “Big Brother Brasil” a “The Voice Kids”, ele provou que sabia como pegar formatos prontos e dar um toque de brasilidade. Na verdade, ele foi até além: é sabido por todos, por exemplo, que o Big Brother gringo não chega aos pés nas cargas de dramaticidade que o nosso carrega!

O Amanhã a Deus pertence

filho de Boni marcou era na rede globo

Agora, com sua ausência, fica a expectativa sobre como a emissora vai seguir nessa receita de sucesso. Seu talento estava em dar a cara a tapa, sempre se colocando como elo entre a emissora e o público. Em diversas ocasiões, assumiu a função de “testa de ferro”, tomando a frente das broncas e crises, fazendo o papel de “vilão” quando necessário. Quem nunca se confundiu entre os limites de “Lil’ Boni” e o famoso “Big Boss”, a voz misteriosa que comanda o “BBB”? Esse é apenas um indício de como ele se jogou na missão!

Mas, independentemente de quem vai vestir o manto de chefão do entretenimento, é inegável que Boninho deixa um legado recheado de sucessos e fracassos que marcaram a TV brasileira. Vamos relembrar alguns dos programas mais emblemáticos trazidos por ele para a telinha e que, mesmo entre altos e baixos, deixaram sua marca.

1. “Big Brother Brasil”: 24 edições de muita treta

Juliette, vencedora do bbb21, é um dos icones do sucesso do show no país

Se tem um reality show que é sinônimo de sucesso e polêmica, é o “Big Brother Brasil”. Criado sob a batuta de Boninho, o BBB virou uma verdadeira febre nacional. Foram 24 edições até agora, cada uma com seus momentos inesquecíveis, desde brigas épicas, romances impossíveis e viradas estratégicas de jogo que prenderam milhões de brasileiros na frente da TV e geraram milhões em patrocínios.

Quem não se lembra do grito de “Fora, Karol Conká” ecoando nas redes sociais? Foi a mesma edição que eternizou nomes como Juliette e Gil do Vigor. A cada nova edição, Boninho conseguia criar um mix de personalidades que explodiam na audiência. E isso não é pouca coisa. Agora, a grande responsabilidade de continuar esse legado épico vai para as mãos de Marcelo Dourado, o fiel escudeiro de Boninho, que promete manter o nível de treta lá no alto.

2. “No Limite”: o reality raiz que voltou por teimosia

a participante Pipa, de no limite, marcou época ao expor um comentário racista, reproduzido na íntegra

Antes do “BBB” virar o que virou, Boninho já havia lançado o “No Limite” em 2000, o primeiro reality show brasileiro, inspirado em “Survivor”. O programa colocou participantes para comer olhos de cabra e enfrentar condições de sobrevivência extrema. Se a ideia parecia inusitada, deu certo por um tempo. Momentos icônicos foram retratados com crueza no show. O mais icônico deles é, com certeza, a fala racista da participante Pipa, ao tecer comentários infelizes sobre um casal interracial com o qual nada tinha a ver.

Depois de três temporadas, o programa saiu do ar. Mas Boninho não é de desistir. Anos depois, o diretor resolveu ressuscitar o “No Limite” com ex-BBBs. Aí, bem… digamos que o revival foi mais “Limite” para o telespectador do que para os participantes, que passaram longe de entregar a emoção das edições originais. Ainda assim, foi mais um exemplo de como Boninho sempre apostou no inesperado.

3. “Hipertensão”: o primo que ninguém queria do “No Limite”

famosos como luciano huck e carol dieckmann participaram do hipertensão

E se “No Limite” já era extremo, Boninho decidiu dar um passo além com “Hipertensão”. Estreado em 2002, o reality tentou ser uma versão turbinada de provas de resistência e coragem. Com direito a muito bicho nojento, provas de altura e uma tensão que tentava ir além do título. Só que, na prática,

“Hipertensão” foi um daqueles shows que não emplacaram como esperado. A audiência achou tudo muito mais assustador do que divertido, e o programa acabou saindo de cena com apenas duas temporadas. Boninho até tentou dar uma de herói do entretenimento, mas desta vez, os superpoderes não funcionaram.

4. “Mestre do Sabor”: o prato que ficou sem tempero

Mestre do Sabor, o masterchef da globo que faltou tempero

Nos últimos anos, Lil’ Boni também se aventurou no mundo da gastronomia com o “Mestre do Sabor”, uma espécie de “MasterChef da Globo, mas com chefs consagrados. A ideia era boa, o cenário era bonito, mas, na prática, faltou o tempero que o público esperava, sem o carisma de Jacquin e Paola Caroselli.

O programa não conseguiu fisgar a audiência como o concorrente direto da Band. Parece que o toque mágico do Boninho não se adaptou tão bem ao mundo gourmet. É aquela história: nem só de reality culinário vive a televisão brasileira, e o público parecia mais interessado nos barracos do “BBB” do que nos pratos sofisticados de Claude Troisgros e seus pupilos.

5. “PopStar”: quando famosos querem ser cantores

Já em uma tentativa de unir famosos e música, Boninho lançou “PopStar”, um programa de competição musical com celebridades disputando quem cantava melhor. A ideia parecia promissora: famosos, música, jurados. Mas a execução deixou a desejar, dando destaque a figuras indesejadas, como Thiago Abravanel e seu anticarisma natural.

O público parecia mais confuso do que empolgado. Afinal, quem realmente queria ver celebridades tentando uma carreira musical quando já tem o “The Voice” para ver gente que canta de verdade? No fim das contas, o “PopStar” acabou sendo mais uma peça no portfólio dos programas esquecíveis de Boninho.

6. “The Voice Kids”: o campeão do “oooouuuunn”

the voice kids fez sucesso ao dar destaque aos minicalouros

Nem só de flops se faz uma carreira. O “The Voice Kids” é um exemplo de programa que deu certo sob a direção de Boninho. Lançado em 2016, o reality musical infantil é pura fofura e emoção. Quem não se encanta com crianças supertalentosas emocionando os jurados? Pra quem gosta, é prato cheio!

Diferente de alguns outros programas, o “The Voice Kids” garantiu bons índices de audiência e uma renovação constante. Um verdadeiro achado que mostrou que Boninho também sabe pegar o público pelo coração, e não só pelo choque.

A pergunta que não quer calar: quem será o substituto de Boninho?

Agora que Boninho está oficialmente fora da Globo, fica a dúvida no ar: quem vai assumir o comando geral do núcleo de entretenimento da emissora? As más linguas apostam em Ana Furtado, esposa de Boninho e especialista em substituições, sendo presença constante na TV. Afinal, se Boninho é filho do Nepotismo escancarado, por que não Ana Furtado para herdar o trono de vez?

Será que a sucessão está garantida ou a Globo vai surpreender com um nome novo? O que é certo é que a emissora precisa de alguém com coragem para seguir a ousadia de Boninho e manter a fábrica de memes, tretas e momentos icônicos rodando a todo vapor. Afinal, é disso que o Brasil gosta!

Veja melhores momentos da entrevista dele para Tatá Werneck:

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