Lançamento do robotáxi autônomo gera prejuízo bilionário e frustração entre investidores, mas Musk segue confiante.
Elon Musk, o homem que nunca se cansa de prometer revoluções tecnológicas, acabou de ver US$ 11,8 bilhões sumirem do seu patrimônio. Tudo isso após o lançamento do Cybercab, o robotáxi autônomo da Tesla, que chegou sem volante, sem pedais e — ao que parece — sem muito entusiasmo do mercado. A Tesla, que já nos fez acreditar em carros elétricos e baterias mais eficientes, dessa vez deu um passo que, sinceramente, deixou muita gente de cara.
O Público quer mesmo é realidade
O evento de lançamento parecia mais um show do que uma demonstração concreta. Musk dirigiu o Cybercab em um cenário controlado nos estúdios da Warner Bros., e para quem assistia de casa, foi bonito de ver. Mas será que é isso que o mercado quer? Claro que não. Os investidores querem saber quando esse carro vai estar de fato nas ruas, em meio ao caos das cidades reais. O problema é que a Tesla não está nem perto disso.
Enquanto a Tesla fazia bonito em um set de filmagem, a concorrência já está rodando de verdade. A Waymo, por exemplo, realiza 100 mil corridas semanais em áreas urbanas como São Francisco e Los Angeles. A Cruise, da GM, também já estava presente em várias cidades antes de ter que pausar suas operações. E a Apollo Go, na China, já completou mais de 7 milhões de corridas. Diante desse cenário, o que o Musk trouxe foi, na prática, algo que o mercado já viu e que já está funcionando em outras partes do mundo.

Investidores querem concretude, não show
A queda de 9% nas ações da Tesla depois do evento reflete a frustração. O mercado está cansado das promessas de Musk que demoram demais para virar realidade. Ele ainda fala que a produção do Cybercab começa antes de 2027, mas até lá, muita coisa pode acontecer. Outros players vão acelerar, e a Tesla pode perder espaço se não se mexer rápido.
E é aí que está o problema: o timing de Musk nunca parece ser o ideal. Ele fala de modelos de negócios e promessas de lançamento, mas o mercado quer respostas práticas, principalmente quando bilhões estão em jogo. Por enquanto, Musk continua sendo o homem mais rico do mundo, mas se continuar nesse ritmo, quem sabe até quando?
Veja repercussão do lance: