Dolar em alta e sem previsão de queda.

O dólar continuará acima de R$ 6 por quanto tempo? Entenda o cenário

Situação fiscal e fatores externos fazem moeda americana permanecer em alta.

O dólar superou a marca de R$ 6 e, com uma alta acumulada de 23% neste ano, tem gerado incertezas no mercado financeiro. A principal razão para a desvalorização do real é a situação fiscal do Brasil, que não mostra sinais de melhora a curto prazo.

Mesmo com a tentativa do governo de conter os gastos com um pacote de R$ 70 bilhões, especialistas não acreditam em uma redução significativa do dólar, especialmente com as dívidas públicas ainda elevadas.

Além disso, o cenário global também influencia a cotação da moeda. A política econômica dos Estados Unidos, com possíveis aumentos de tarifas de importação, e a instabilidade internacional, fazem o dólar se manter forte, com previsões de que a moeda deve continuar na casa dos R$ 6 até pelo menos 2026.

Pacote fiscal do governo não é suficiente para reverter o cenário

Em um esforço para reduzir os gastos, o governo brasileiro anunciou um pacote de R$ 70 bilhões em cortes. Contudo, o mercado considerou as medidas insuficientes para equilibrar as contas públicas, o que mantém a moeda americana em níveis elevados.

A expectativa é que o dólar continue nesse patamar até pelo menos o início de 2026, pois a solução para os problemas fiscais ainda parece distante.

O C6 Bank prevê que o dólar ficará entre R$ 6 e R$ 6,10 até o fim de 2024. No entanto, a possibilidade de redução da moeda depende de mudanças fiscais profundas que ainda não aconteceram. Além disso, a alta da taxa de juros e a dívida pública elevada continuam sendo fatores que pressionam a moeda.

O impacto das tensões internacionais sobre a cotação do dólar

No cenário externo, a política econômica dos EUA também influencia o valor do dólar. O possível aumento das taxas de importação e outras medidas do governo norte-americano têm o poder de afetar negativamente a entrada de dólares no Brasil, piorando ainda mais a situação.

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As incertezas internacionais, como a política do novo presidente dos EUA, continuam a colocar pressão sobre a economia global. ,Dessa forma, o fluxo de investimentos para países emergentes, como o Brasil, diminui.

Isso se reflete diretamente na saída de recursos da Bolsa brasileira, que tem registrado perdas expressivas de capital estrangeiro. O dólar, por enquanto, parece se manter em um patamar elevado devido a esse complexo cenário.

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