E se todo mundo resolvesse atuar diferente na internet? É isso que determina o movimento Blockout, um protesto nas redes sociais, que se originou nos Estados Unidos em resposta à frivolidade durante o MET Gala.
A onda agora ganha força no Brasil, ao determinar o bloqueio de subcelebridades que em nada têm a agregar. Inicialmente uma crítica ao foco excessivo em consumismo e moda em vez de questões políticas sérias, a manifestação expandiu-se para questionar a responsabilidade das celebridades e influenciadores em momentos de crise global.
Origem em meio ao brilho do MET Gala
A premissa é simples: bloquear perfis que só falam bobagens, tentando mitigar o impacto da produção de conteúdo virtual esvaziado. A ideia teve origem nos Estados Unidos, enquanto o mundo enfrentava os conflitos em Gaza, mas a atenção da mídia estaria voltada para o glamouroso MET Gala em Nova York, famoso evento no qual celebridades exibem seus trajes extravagantes.
A falta de compromisso e a desconexão entre o entretenimento com questões humanitárias cruciais deu origem ao Blockout, destacando a necessidade de uma postura mais engajada e responsável por parte das figuras públicas que atuam nas redes. Beyoncé, Taylor Swift e Kim K. são nomes afetados por essa onda.
Impacto no Brasil: crítica à superficialidade
A onda chegou aqui com toda força, mas com um direcionamento um pouco diferente. Afinal, o Brasil é o lugar onde influenciadores frequentemente focam em conteúdo superficial: lifestyle e publicidade duvidosa imperam no nosso ranking de conteúdos produzidos.
É, portanto, uma ocasião perfeita para o movimento Blockout encontrar ressonância. Ele questiona não apenas o conteúdo das postagens, mas também o impacto e a responsabilidade social das personalidades influentes.
A “guilhotina digital” agora é estimulada a ser aplicada localmente, desafiando a normalização de um engajamento superficial e incentivando uma maior conscientização sobre questões globais, como saúde coletiva e questões humanitárias.
Hashtags e transformações nas redes sociais
Cada vez mais presente como uma ideia a ser seguida, o impacto já começou a ser sentido. Nas plataformas digitais, hashtags como #Blockout2024 tornaram-se virais, motivando usuários a deixarem de seguir ou bloquearem aqueles criadores que não se engajam em causas importantes.
É um movimento o qual visa, não apenas responsabilizar, mas também pode mudar dinâmicas de popularidade, sinalizando uma possível mudança de paradigma nas redes sociais, onde engajamento pode superar modismos efêmeros, como as famigeradas dancinhas do TikTok.
Tá rolando nos EUA um movimento chamado Blockout
— Bruno Farias Psicólogo (@FariasPsicologo) July 4, 2024
Estão deixando de seguir pseudo celebridades, vendedores de curso, influencers de "vidinha perfeita"
A ideia é seguir apenas amigos e bons conteúdos
Sério
A ciência tem mostrado que seguir gente vazia está ferrando nossa mente
Incrível como o Instagram e o face é bem mais “atrasado” pra pegar as coisas né?
— Ninfodepressiva (@misssertralina) July 5, 2024
Aqui no Twitter a gente já vem falando sobre o blockout desde antes do Met Gala, hoje é que tá saindo lá…
Atrasados ou não, que bom que tão acordando. pic.twitter.com/hJW6AnbcST
Em maio, nos EUA, um movimento chamado Blockout gangou atenção. As pessoas se organizaram para deixar de de seguir pseudocelebridades, vendedores de curso, influencers de vários nadas e ex-realitys. A ideia era dara vez a talentos de verdade e micro criadores de conteúdo.
— Aquiles Marchel Argolo (@Aquiles_Argolo) July 5, 2024