Xuxa em pose descontraída, usando um figurino vibrante com tule amarelo e roxo, botas pretas e adereços no cabelo, transmitindo um estilo colorido e divertido.

Quais lendas urbanas da Xuxa? 5 vezes que a Rainha dos Baixinhos foi envolvida em polêmicas 

De bonecas enfeitiçadas a filmes polêmicos, relembre as histórias mais controversas envolvendo a Rainha dos Baixinhos

Xuxa Meneghel é um verdadeiro ícone da cultura pop brasileira, mas, como toda celebridade de peso, ela também carrega uma bagagem recheada de polêmicas, confusões e, principalmente, lendas urbanas. Desde bonecas enfeitiçadas até casais proibidos, as histórias envolvendo a eterna Rainha dos Baixinhos são tão diversas quanto seus figurinos nos anos 80. 

Vamos explorar juntos algumas dessas narrativas que, verdadeiras ou não, fazem parte do imaginário popular e garantem boas risadas. 

A Boneca Enfeitiçada: pesadelo para pais e crianças 

Se você cresceu nos anos 90, é quase certo que ouviu a história da boneca da Xuxa enfeitiçada. Segundo a lenda, a boneca — uma versão em miniatura da apresentadora — teria sido amaldiçoada por entidades obscuras. Algumas versões mais elaboradas relatam que a boneca criava vida à noite e murmurava coisas sinistras no ouvido das crianças. 

Dizem que uma mãe certa vez ouviu a boneca dizer: “Eu sou o demônio”. Em outra versão, a boneca se moveria sozinha pela casa, sempre com aquele olhar azul penetrante. Claro que nada disso foi comprovado, mas a história ganhou força entre as crianças e chegou a fazer muitos pais jogarem suas bonecas Xuxa no lixo, assustados com os rumores. A verdade? Bom, talvez só a Xuxa e o bonequeiro responsável saibam. 

Xuxa e Marlene: o casal homoafetivo e o reencontro que dissolveu o mito 

Por décadas, a relação entre Xuxa e Marlene Mattos foi alvo de inúmeras especulações. Marlene, que atuou como empresária e diretora da apresentadora, esteve ao lado dela durante o auge de sua carreira, o que levou muitos a acreditarem que as duas mantinham um relacionamento amoroso secreto. Esse boato alimentou os tabloides e o imaginário popular, principalmente após a abrupta separação profissional em 2002, que foi tão conturbada quanto o fim de um casamento de novela mexicana. 

No entanto, no documentário “Xuxa: O Documentário”, da Globoplay, ambas se reencontraram pela primeira vez em quase 20 anos, e colocaram os pingos nos “i’s”. O reencontro foi tenso, mas revelou que, apesar das desavenças, não havia nada além de uma relação profissional intensa entre elas. Marlene, inclusive, aproveitou a oportunidade para se defender das críticas e questionar algumas acusações sobre a forma como ela conduzia o trabalho. 

Esse momento ajudou a melhorar a percepção pública sobre Marlene, mostrando que ela tinha mais a contar do que as supostas “atrocidades” que foram atribuídas a ela ao longo dos anos. O reencontro empolgou os fãs e, de certa forma, ajudou a dissolver de vez o mito do casal escondido

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O Filme Proibido: muito drama para pouca chanchada 

Antes de se tornar a figura angelical da TV infantil, Xuxa teve uma breve passagem pelo cinema. E é aí que surge a lenda do filme proibido. O título em questão é Amor Estranho Amor, uma produção de 1982 em que Xuxa fez uma pequena participação ao lado de grandes nomes do cinema nacional, como Tarcísio Meira e Vera Fischer

Embora muitos acreditem que se trate de uma pornochanchada cheia de cenas impróprias, a verdade é que o filme é um drama, abordando a história de uma mulher que vive em um prostíbulo. A participação de Xuxa, apesar de curta, gerou controvérsias por conta de uma cena em que ela interage com um menino de 12 anos

Por conta disso, a apresentadora moveu um processo judicial para impedir a distribuição do filme, e conseguiu mantê-lo fora de circulação por anos. Isso, claro, só aumentou o mistério e a curiosidade em torno da produção, fazendo com que se tornasse um verdadeiro tesouro proibido para muitos fãs. 

Xuxa e as Paquitas: loiras obrigatórias e a polêmica no documentário “Para Sempre Paquitas” 

As Paquitas foram um verdadeiro exército loiro a serviço da Rainha, mas o que parecia um sonho de toda adolescente brasileira escondia bastidores polêmicos. A ideia de que Xuxa exigia que todas fossem loiras gerou debates sobre racismo e padrões estéticos excludentes, colaborando para um imaginário nacional em que apenas meninas brancas e loiras tinham destaque. 

A reputação de Marlene, que havia sido um pouco melhorada após o confronto com Xuxa em seu documentário, voltou a ser pauta com o lançamento de “Para Sempre Paquitas”, também da Globoplay. No filme, ex-Paquitas relatam os abusos e absurdos que sofreram nos bastidores. Elas contam sobre a rigidez das regras impostas, a pressão psicológica e até episódios de humilhação pública. A diretora, que por anos foi vista como a grande arquiteta do sucesso de Xuxa, teve sua imagem arranhada novamente com as revelações do documentário. 

As Paquitas, que eram vistas como a elite juvenil da televisão, confessaram ter vivido momentos de angústia, e algumas até foram chamadas de “desertoras da Rainha” por se afastarem do programa. O documentário reavivou a polêmica sobre o controle exercido por Marlene e deixou claro que o brilho das luzes do palco muitas vezes escondia uma realidade bem mais difícil. 

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Xuxa e os Duendes: da chacota mística ao sucesso de bilheteria 

Nos anos 2000, Xuxa surpreendeu os fãs ao revelar que, durante uma fase mais mística de sua vida, teve uma experiência sobrenatural: a Rainha dos Baixinhos afirmou que não só acreditava, como também já havia interagido com um duende! A história surgiu em um período em que Xuxa já não estava tão em evidência na TV, mas certamente ganhou as manchetes e virou alvo de piadas e memes. Quem não se lembra da famosa canção “Eu vi gnomos” da banda Tihuana, que fazia referência ao episódio? 

Mas quem pensa que isso abalou a apresentadora, está enganado! Xuxa, com seu inegável tino comercial, decidiu abraçar o místico e lançou dois filmes sobre o tema: Xuxa e os Duendes (2001) e Xuxa e os Duendes 2: No Caminho das Fadas (2002). O que poderia ter sido um fiasco virou um fenômeno. Os filmes, embora considerados toscos por alguns, foram um sucesso de bilheteria e marcaram uma geração de crianças e adolescentes. 

Foi a prova de que Xuxa sabe transformar até o inacreditável em ouro e que seu carisma ainda tinha (e tem) poder para levar multidões aos cinemas. A história dos duendes se tornou mais um capítulo curioso na longa carreira da Rainha dos Baixinhos, que, sem medo do ridículo, fez do limão uma afortunada limonada. 

Quando a lenda vira folclore 

No fim das contas, Xuxa continua sendo uma figura enigmática e complexa, ao mesmo tempo em que é familiar a várias gerações. As lendas urbanas que a cercam mostram como o público brasileiro adora misturar ficção e realidade, criando histórias que vão muito além da verdade. 

Seja uma boneca enfeitiçada ou um filme proibido, Xuxa sempre será mais do que apenas uma apresentadora. Ela é um ícone que, como toda grande estrela, brilha também nas sombras do folclore popular. E assim, entre um “beijinho, beijinho” e um “tchau, tchau”, ela segue sendo tema de debates, risadas e muita, muita especulação.