Netflix distorce relação de Galisteu com Ayrton Senna na nova produção
Dois dias após a estreia de Senna, na Netflix, Adriane Galisteu quebrou o silêncio. Apesar de discreta, seu gesto falou alto: emojis de coração no post da atriz Julia Foti e uma repostagem nos Stories do Instagram. Mas vamos combinar? Dois minutos e trinta e quatro segundos de uma história tão marcante? Isso é quase um insulto.
Por que tentam apagar Adriane Galisteu da história?
É impossível ignorar que Galisteu foi a última companheira de Ayrton Senna, uma presença constante nos seus últimos 18 meses de vida. No entanto, a série parece ter seguido uma cartilha pré-determinada, com a família Senna controlando a narrativa. Viviane Senna, irmã do piloto, nunca aceitou Adriane como parte do legado.
Enquanto isso, Xuxa Meneghel ganhou um episódio inteiro para explorar sua breve relação com Ayrton. E Galisteu? Reduzida a “mais uma namorada”. Essa escolha não foi acidental. Foi um movimento calculado para reescrever a história e minimizar a importância de Adriane.
Assista a uma reportagem da época:
A classe de Galisteu escancara a omissão
Mesmo diante dessa injustiça, Adriane escolheu a elegância. Ela destacou um vídeo da atriz Julia Foti, que lê um trecho do livro Caminho das Borboletas, escrito por Adriane logo após a morte do tricampeão. Nele, vemos a profundidade do relacionamento que a série tentou varrer para debaixo do tapete.
É revoltante ver uma produção que prometia contar a vida de Ayrton Senna ignorar uma história tão importante. Adriane não foi uma figurante na vida do piloto, mas a pessoa que o acompanhou em momentos cruciais. A Netflix errou feio ao ceder à pressão familiar e ao mutilar a narrativa.
Se a intenção era apresentar uma versão fiel e emocionante da vida de Senna, essa lacuna coloca toda a produção em xeque. Afinal, como confiar em uma história que escolhe o que lembrar e o que esquecer?