“Apagar o Lula”: Conheça os detalhes sombrios da investigação desmontada pela PF

“Apagar o Lula”: Conheça os detalhes sombrios da investigação desmontada pela PF

Investigações da PF revelam tentativa de ataque coordenado contra Lula, Alckmin e Moraes; métodos, arsenal e os responsáveis.

Há revelações que chocam até os mais experientes na cobertura de política. A investigação da Polícia Federal trouxe à tona um plano que soa como roteiro de filme de ação, mas, infelizmente, era bem real. Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes eram os alvos de um esquema criminoso que unia militares, policiais e um general próximo ao governo anterior.

O objetivo? Eliminar essas figuras em dezembro de 2022, dias após a diplomação de Lula como presidente.

É assustador pensar que, enquanto o Brasil vivia um momento de tensão pós-eleições, um grupo já planejava um golpe radical contra a democracia. Os detalhes são tão minuciosos que nos deixam com um nó na garganta: codinomes, envenenamento, explosivos e um arsenal digno de guerra. Vamos entender ponto a ponto como esse plano sombrio foi desvendado.

Codinomes e organização: o “Jeca”, o “Joca” e a “professora”

O grupo criminoso operava com organização assustadora. Segundo o relatório da PF, Lula era chamado de “Jeca”, uma tentativa de desprezo disfarçada de codinome.

Alckmin virou “Joca” e Moraes, ironicamente, era chamado de “professora”. Esses apelidos aparentemente inocentes eram, na verdade, um reflexo da estratégia de camuflar a gravidade dos crimes planejados.

Havia ainda um codinome misterioso: “Juca”. Esse nome, conforme apuração da PF, não foi claramente associado a ninguém, mas acredita-se que se referia a alguém com influência dentro do governo eleito.

Métodos cruéis: envenenamento, explosivos e arsenal militar

Quando se trata de eliminar adversários, esses criminosos estavam dispostos a tudo. O plano para Lula era usar envenenamento, algo que, de acordo com os investigadores, aproveitava as idas frequentes do presidente eleito a hospitais.

Uma estratégia covarde, que explorava um momento de fragilidade.

Para Moraes, os métodos eram ainda mais chocantes. Explosivos e armas de guerra estavam na lista de opções. Um documento apreendido detalhava o arsenal: pistolas, fuzis, metralhadoras e até lança-granadas. Um dos itens mais absurdos da lista era um lança-rojão AT4, usado em combates militares.

Esses armamentos eram de alto poder destrutivo, reforçando o nível de seriedade do esquema.

Além disso, o grupo monitorava Moraes de forma contínua, mapeando sua segurança, rotas e horários. O relatório indicava que eles passaram semanas analisando os passos do ministro em São Paulo e Brasília, o que demonstra a obsessão dos envolvidos em concretizar o ataque.

Carro oficial do Exército no plano

Se você achava que o absurdo parava por aí, vem mais. Um veículo oficial do Exército, do Batalhão de Ações de Comandos (BAC), foi usado no deslocamento entre Goiânia e Brasília exatamente no dia planejado para um dos ataques.

O uso desse carro, um Fiat Palio, indica a profundidade das conexões dos envolvidos com estruturas militares. Eles estavam infiltrados onde deveriam proteger a democracia, e isso é o que mais revolta.

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Documentos e o papel do general Mario Fernandes

A investigação chegou até esses detalhes graças a documentos apreendidos com o general de Brigada Mario Fernandes, um ex-assessor da Presidência durante o governo Bolsonaro. Segundo a PF, ele foi peça-chave no planejamento.

Um dos arquivos encontrados em seu computador, batizado inicialmente de “Fox_2017.docx” e depois renomeado para “Punhal Verde e Amarelo”, continha uma lista detalhada das ações planejadas.

Ali estavam descritas as rotas dos alvos, o aparato de segurança de Moraes, e até uma lista de materiais necessários, incluindo chips de celular e armamento pesado.

Para quem ainda tinha dúvidas sobre o caráter das intenções, esse documento foi a prova cabal de que o grupo estava preparado para um ataque de alto risco e com características terroristas.

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Quem são os presos até agora?

Até o momento, cinco pessoas foram presas por envolvimento no plano: quatro militares da tropa de elite do Exército e um policial federal. A participação de pessoas treinadas pelo próprio Estado para proteger os cidadãos é o que torna o caso ainda mais grave.

Entre os detidos está o general Mario Fernandes, considerado peça central na articulação. Ele era um dos responsáveis por estruturar o planejamento e garantir que os detalhes fossem executados à risca.

Impacto político

Essa tentativa não é apenas um ataque contra figuras públicas; é um atentado direto à democracia brasileira. O fato de termos militares e policiais envolvidos em um plano tão macabro expõe fragilidades em nossas instituições.

Mais do que nunca, precisamos refletir sobre os limites que algumas pessoas estão dispostas a cruzar quando perdem espaço político. Não se trata de ideologias, mas de um desrespeito completo às regras do jogo democrático.

A prisão dos envolvidos é um passo importante, mas o trabalho está longe de terminar. Ainda há perguntas no ar: quem mais sabia disso? Até que ponto havia conivência de outras autoridades? Essas são respostas que o Brasil merece ouvir.

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