Líderes europeus temem desamparo militar e impacto na segurança do continente com possível mudança na política externa americana.
A vitória de Donald Trump nas eleições americanas deixou a Europa em estado de alerta. O apoio militar dos EUA é fundamental para a segurança europeia, especialmente diante da ameaça russa no conflito com a Ucrânia. Segundo Leandro Trevisan, professor de relações internacionais da ESPM, “a Europa está de cabelo em pé” com a reeleição de Trump.
“Mais preocupados que nós estão Olaf Scholz, primeiro-ministro alemão, e Emmanuel Macron, presidente francês”, declarou Trevisan, em entrevista para a Record News na quarta-feira (6).
Dependência militar europeia e postura de Trump
Com a crescente tensão no leste europeu, a Europa se vê em um estado de “orfandade militar”. O apoio dos EUA tem sido crucial para a defesa dos países europeus contra potenciais avanços russos. A possível mudança na política externa americana com Trump pode enfraquecer o suporte da OTAN na região.
Segundo Trevisan, conversas recentes entre emissários russos e ucranianos indicam que uma parte significativa do território ucraniano anexado pela Rússia pode estar “perdida”. Para a Ucrânia, o custo da paz pode ser a proibição de entrar na OTAN, complicando ainda mais sua defesa.
Consequências da eleição Americana para conflito na Ucrânia
A reeleição de Trump tem o potencial de reconfigurar o cenário de segurança europeu. Conhecido por seu discurso isolacionista, Trump já criticou a dependência da Europa em relação aos EUA, questionando o compromisso americano com a defesa da OTAN. Se Trump adotar uma postura mais distanciada, a Rússia poderá se sentir mais encorajada em suas ações.
Impacto internacional da vitória de Trump
A vitória de Trump representa uma guinada para a política externa global. Para líderes internacionais, o novo mandato do republicano pode significar menor envolvimento militar dos EUA em conflitos europeus, o que teria implicações profundas para o equilíbrio de poder entre Ocidente e Oriente.
A nova postura americana poderá definir o futuro do conflito entre Rússia e Ucrânia e testar as alianças de segurança no cenário internacional.
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