Vinagrete: molho democrático é a alma da mesa brasileira, confira 7 versões

Vinagrete: molho democrático é a alma da mesa brasileira, confira 7 versões

Do tradicional ao inovador: conheça os diferentes tipos de vinagrete e suas variações pelo brasil e pelo mundo.

Ah, o vinagrete! Esse molho tão simples e ácido é praticamente um personagem da culinária brasileira. Presença obrigatória no churrasco, fiel companheiro da farofa e do pastel, é capaz de transformar o feijão com arroz do dia a dia em uma experiência gourmet (ou quase isso). Com seus ingredientes básicos — tomate, cebola, vinagre (ou limão), azeite e sal — o vinagrete é a combinação perfeita de frescor e acidez que faz a boca salivar e o coração bater mais forte.

Mas, se você já deu uma volta pelo Brasil ou pelo mundo, talvez tenha percebido que o vinagrete é como o calypso: cada lugar tem o seu jeito de fazer. No Rio de Janeiro, por exemplo, ele vira o famoso molho à campanha. Em outros lugares, ganha ainda mais personalidade e variações que merecem ser apreciadas. Vamos então explorar os diferentes estilos de vinagretes e suas influências regionais. Prepare-se para essa jornada ácida e deliciosa!

Os Vinagretes e Suas Diferentes Personalidades

Limão, azeite, cebola, tomate e sal: se você pensa que essa é a base comum de todo vinagrete, está muito enganado! Conheça 6 versões diferenciadas desse molho que é sucesso onde quer que seja preparado!

1. Vinagrete Baiano: O Clássico com Coentro e Limão

O vinagrete baiano é aquele que chega chegando, com a cara e o sabor da Bahia. A base é o mesmo quarteto tradicional (tomate, cebola, azeite e vinagre), mas o toque especial vem do suco de limão e de uma generosa porção de coentro.

Esse é para quem não tem medo de sabor forte e fresco. Ideal para acompanhar um acarajé ou um bom prato de frutos do mar, o vinagrete baiano é um verdadeiro arraso. Em tempo: o vinagrete da baiana, famoso nos tabuleiros de acarajé, possuem uma maior incidência de tomate verde, e não leva limão!

2. Molho à Campanha: A Versão Carioca do Vinagrete

No Rio de Janeiro, o mesmíssimo vinagrete ganha nome chique: molho à campanha. A ideia é a mesma, mas o preparo leva menos coentro (afinal, coentro é um assunto delicado!) e pimentão, para dar uma crocância e um sabor levemente adocicado. É aquele que você encontra nos quiosques da praia, acompanhando um bife com batata frita ou até um pastel de feira.

Mais suave, o molho à campanha é a versão “good vibes” do vinagrete, mas a verdade é que não se diferencia muito do irmão nordestino.

3. Pico de Gallo: A Picância do México na Sua Mesa

O pico de gallo é, na verdade, o primo mexicano do nosso vinagrete. Também leva tomate, cebola, coentro e suco de limão, mas a grande diferença é a pimenta. Os mexicanos sabem das coisas e adicionam aquele toque picante que faz a diferença. Vai bem com tacos, nachos, e até com um bom chili. Para quem gosta de aventura no paladar, o pico de gallo é um convite ao México sem sair da mesa. Andale, Andale!

4. Chimichurri: Não Confunda com a Versão Argentina!

Para os centro-americanos, o nosso querido vinagrete é conhecido como chimichurri. Mas êpa! Não confunda com o chimichurri argentino, que é uma mistura de especiarias e ervas secas!

O chimichurri na versão latina, sobretudo na Costa Rica e Nicarágua, é um vinagrete turbinado: pode levar de tudo um pouco — de pepino até polpa de tomate. É aquele molhinho que acompanha as comidas, e pode ficar um dia inteiro nas mesas dos restaurantes e domicílios.

Por lá, é como se o vinagrete estivesse em um festival de sabores, e todo ingrediente estivesse convidado. Fica perfeito com carnes grelhadas, com o famoso gallo pinto, ou até mesmo saladas.

5. Vinagrete de Maracujá: A Inovação Frescurenta que Deu Certo

vinagrete com maracujá é

Ah, o vinagrete de maracujá! Surgiu como uma invenção de chefs ousados que queriam dar uma cara nova ao velho conhecido, e, surpreendentemente, deu certo. O maracujá adiciona um toque agridoce e perfumado, que casa bem com peixes e frutos do mar. É para aqueles dias em que você quer dar pinta de gourmet no churrasco ou impressionar no almoço de domingo.

Frescurento? Talvez. Mas ninguém pode negar que é saboroso.

6. Vinagrete Rosê: Queridinho dos Paladares Infantis

vinagrete rosê leva ketchup e maionese

O vinagrete rosê é a versão inusitada que desperta curiosidade. Com uma base de ketchup e maionese, ele é mais doce do que seus irmãos e tem uma textura cremosa. Alguns podem torcer o nariz e chamar de gororoba, mas ele tem o seu público fiel — especialmente as crianças!

Nos lares brasileiros, aparece principalmente ao lado de nuggets, batata frita e hambúrguer. Não é para qualquer um, mas quem gosta, adora!

7. Molho lambão: o primo picante do vinagrete

molho lambão é a versão picante do vinagrete

O molho lambão é outra versão do vinagrete, típica do Nordeste, especialmente da Bahia e de Sergipe. Ele é conhecido por ser ainda mais ácido e picante que o tradicional, com ingredientes que variam entre tomate, cebola, coentro, pimentão e bastante pimenta, tudo bem picadinho e mergulhado em suco de limão e azeite “doce”.

Geralmente, é servido como acompanhamento de churrasco, feijoada ou moqueca. O nome “lambão” vem do ato de “lamber os dedos” de tanto sabor que o molho tem, garantindo um toque picante para qualquer prato nordestino.

Conclusão

Seja na versão tradicional, baiana, carioca, mexicana ou mesmo com um toque gourmet, o vinagrete é o molho democrático do Brasil. Ele se adapta, se transforma e ganha novas formas, mas nunca perde sua essência: dar um toque fresco e ácido que faz qualquer prato brilhar. Portanto, da próxima vez que estiver em uma mesa farta, dê uma chance a essas variações. Afinal, o vinagrete pode ser simples, mas sua versatilidade é o que faz dele um verdadeiro astro na culinária.

Assista a um vídeo sobre o tema:

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