Do tradicional ao inovador: conheça os diferentes tipos de vinagrete e suas variações pelo brasil e pelo mundo.
Ah, o vinagrete! Esse molho tão simples e ácido é praticamente um personagem da culinária brasileira. Presença obrigatória no churrasco, fiel companheiro da farofa e do pastel, é capaz de transformar o feijão com arroz do dia a dia em uma experiência gourmet (ou quase isso). Com seus ingredientes básicos — tomate, cebola, vinagre (ou limão), azeite e sal — o vinagrete é a combinação perfeita de frescor e acidez que faz a boca salivar e o coração bater mais forte.
Mas, se você já deu uma volta pelo Brasil ou pelo mundo, talvez tenha percebido que o vinagrete é como o calypso: cada lugar tem o seu jeito de fazer. No Rio de Janeiro, por exemplo, ele vira o famoso molho à campanha. Em outros lugares, ganha ainda mais personalidade e variações que merecem ser apreciadas. Vamos então explorar os diferentes estilos de vinagretes e suas influências regionais. Prepare-se para essa jornada ácida e deliciosa!
Os Vinagretes e Suas Diferentes Personalidades
Limão, azeite, cebola, tomate e sal: se você pensa que essa é a base comum de todo vinagrete, está muito enganado! Conheça 6 versões diferenciadas desse molho que é sucesso onde quer que seja preparado!
1. Vinagrete Baiano: O Clássico com Coentro e Limão
O vinagrete baiano é aquele que chega chegando, com a cara e o sabor da Bahia. A base é o mesmo quarteto tradicional (tomate, cebola, azeite e vinagre), mas o toque especial vem do suco de limão e de uma generosa porção de coentro.
Esse é para quem não tem medo de sabor forte e fresco. Ideal para acompanhar um acarajé ou um bom prato de frutos do mar, o vinagrete baiano é um verdadeiro arraso. Em tempo: o vinagrete da baiana, famoso nos tabuleiros de acarajé, possuem uma maior incidência de tomate verde, e não leva limão!
2. Molho à Campanha: A Versão Carioca do Vinagrete
No Rio de Janeiro, o mesmíssimo vinagrete ganha nome chique: molho à campanha. A ideia é a mesma, mas o preparo leva menos coentro (afinal, coentro é um assunto delicado!) e pimentão, para dar uma crocância e um sabor levemente adocicado. É aquele que você encontra nos quiosques da praia, acompanhando um bife com batata frita ou até um pastel de feira.
Mais suave, o molho à campanha é a versão “good vibes” do vinagrete, mas a verdade é que não se diferencia muito do irmão nordestino.
3. Pico de Gallo: A Picância do México na Sua Mesa
O pico de gallo é, na verdade, o primo mexicano do nosso vinagrete. Também leva tomate, cebola, coentro e suco de limão, mas a grande diferença é a pimenta. Os mexicanos sabem das coisas e adicionam aquele toque picante que faz a diferença. Vai bem com tacos, nachos, e até com um bom chili. Para quem gosta de aventura no paladar, o pico de gallo é um convite ao México sem sair da mesa. Andale, Andale!
4. Chimichurri: Não Confunda com a Versão Argentina!
Para os centro-americanos, o nosso querido vinagrete é conhecido como chimichurri. Mas êpa! Não confunda com o chimichurri argentino, que é uma mistura de especiarias e ervas secas!
O chimichurri na versão latina, sobretudo na Costa Rica e Nicarágua, é um vinagrete turbinado: pode levar de tudo um pouco — de pepino até polpa de tomate. É aquele molhinho que acompanha as comidas, e pode ficar um dia inteiro nas mesas dos restaurantes e domicílios.
Por lá, é como se o vinagrete estivesse em um festival de sabores, e todo ingrediente estivesse convidado. Fica perfeito com carnes grelhadas, com o famoso gallo pinto, ou até mesmo saladas.
5. Vinagrete de Maracujá: A Inovação Frescurenta que Deu Certo
Ah, o vinagrete de maracujá! Surgiu como uma invenção de chefs ousados que queriam dar uma cara nova ao velho conhecido, e, surpreendentemente, deu certo. O maracujá adiciona um toque agridoce e perfumado, que casa bem com peixes e frutos do mar. É para aqueles dias em que você quer dar pinta de gourmet no churrasco ou impressionar no almoço de domingo.
Frescurento? Talvez. Mas ninguém pode negar que é saboroso.
6. Vinagrete Rosê: Queridinho dos Paladares Infantis
O vinagrete rosê é a versão inusitada que desperta curiosidade. Com uma base de ketchup e maionese, ele é mais doce do que seus irmãos e tem uma textura cremosa. Alguns podem torcer o nariz e chamar de gororoba, mas ele tem o seu público fiel — especialmente as crianças!
Nos lares brasileiros, aparece principalmente ao lado de nuggets, batata frita e hambúrguer. Não é para qualquer um, mas quem gosta, adora!
7. Molho lambão: o primo picante do vinagrete
O molho lambão é outra versão do vinagrete, típica do Nordeste, especialmente da Bahia e de Sergipe. Ele é conhecido por ser ainda mais ácido e picante que o tradicional, com ingredientes que variam entre tomate, cebola, coentro, pimentão e bastante pimenta, tudo bem picadinho e mergulhado em suco de limão e azeite “doce”.
Geralmente, é servido como acompanhamento de churrasco, feijoada ou moqueca. O nome “lambão” vem do ato de “lamber os dedos” de tanto sabor que o molho tem, garantindo um toque picante para qualquer prato nordestino.
Conclusão
Seja na versão tradicional, baiana, carioca, mexicana ou mesmo com um toque gourmet, o vinagrete é o molho democrático do Brasil. Ele se adapta, se transforma e ganha novas formas, mas nunca perde sua essência: dar um toque fresco e ácido que faz qualquer prato brilhar. Portanto, da próxima vez que estiver em uma mesa farta, dê uma chance a essas variações. Afinal, o vinagrete pode ser simples, mas sua versatilidade é o que faz dele um verdadeiro astro na culinária.
Assista a um vídeo sobre o tema: