varios tipos de tomate expostos sob uma mesa com tabua, ralador e outros utensilios de cozinha

Que molho é esse? 7 receitas com tomates italianos e suas adaptações na América Latina 

Como a versatilidade dos molhos de tomate atravessa fronteiras, combinando tradições italianas com ingredientes e sabores únicos da América Latina 

O molho de tomate é uma peça-chave na gastronomia mundial, especialmente nas cozinhas mediterrâneas e, claro, na italiana. Ele desempenha um papel versátil: pode ser utilizado tanto como ingrediente base em diversas receitas, realçando o sabor de massas, pizzas e guisados, quanto servido como um prato completo, quando enriquecido com carnes, vegetais e temperos, assumindo um papel protagonista em refeições mais elaboradas.  

Existem diferentes tipos de molhos de tomate, cada um com suas próprias características, adaptações regionais e formas de preparo. Abaixo, exploramos alguns dos principais molhos de tomate, suas particularidades e como utilizá-los em seus pratos favoritos

1. Molho Pomodoro: Simplicidade clássica 

recipiente com molho pomodoro e uma colher de pau

O molho pomodoro é a base de muitos pratos italianos, famoso por sua simplicidade e sabor leve. Feito com tomates frescos em pedaços, azeite de oliva, alho e manjericão, é bastante utilizado em pratos como massas e pizzas. Sua principal característica é ser um molho leve, com um toque adocicado e ácido, perfeito para realçar o sabor natural dos ingredientes. 

Na América do Sul, especialmente no Brasil, esse tipo de molho é uma escolha comum para pratos do dia a dia. Ele é muito usado em receitas como macarrão caseiro e bife à parmegiana, sempre trazendo praticidade e sabor familiar à mesa. Uma variação interessante é o sugo criollo no Chile, que adiciona toques mais picantes com temperos locais como o cominho. 

2. Molho Napoli: Frescor do Tomate 

pre pizza apoiada numa mesa de madeira com um bowl de molho de tomate. Aparecem as mãos de uma pessoa com uma colher passando molho na pizza

O molho Napoli é ideal para quem prefere algo mais simples e fresco. Semelhante ao pomodoro, mas com um tempo de cozimento mais curto, ele mantém o frescor dos tomates. Muito utilizado como molho para pizza, também combina bem com massas leves como espaguete ou penne.  

No Uruguai, o molho Caruso oferece uma variação diferente do Napoli tradicional, substituindo a base de tomate por um molho cremoso feito com creme de leite, presunto e cogumelos, uma criação local que homenageia as tradições italianas. 

3. Sugo al Pomodoro: Sabor concentrado 

panela de ferro com molho al sugo apoiada em uma mesa com tomates cereja

O sugo al pomodoro é uma versão mais concentrada e espessa do molho de tomate, feito com um tempo de cozimento prolongado que intensifica os sabores. Esse molho encorpado é frequentemente enriquecido com vegetais como cenoura ou aipo, que trazem mais complexidade ao prato. Usado como base para outros molhos ele também é ideal para massas mais pesadas, como rigatoni, além de acompanhar bem carnes assadas.  

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Na Argentina, a presença de molhos à base de tomate com carne, como o Tuco, segue essa linha de cocção lenta, trazendo sabores profundos e complexos para os pratos de massas e carnes. Ao contrário do pomodoro e Napoli, que são mais leves e frescos, o sugo é ideal para pratos que pedem uma consistência mais robusta

4. Molho Marinara: Toque aromático 

travessa com macarrão ao molho marinara com camarões

O molho marinara é uma versão mais intensa do pomodoro, com um toque mais pronunciado de ervas e alho. Criado por marinheiros italianos que precisavam de uma opção prática e rápida de preparo, o marinara é um molho encorpado e aromático

Ele combina perfeitamente com massas como curtas, além de ser uma excelente escolha para acompanhar frutos do mar. Na Argentina e no Chile, a salsa roja é uma versão similar, mas com adição de pimentas locais para um sabor mais pronunciado, muitas vezes usada em pratos rápidos com massas. 

5. Ragù: O tradicional à bolonhesa 

panela com molho à bolonhesa apoiada numa mesa com uma colher de pau com pimentas rosas e sal. Ao lado, pedaços de tomate, penne e folhas de manjericão

O ragù e o molho à bolonhesa são molhos de carne e tomate, mas têm diferenças marcantes. O ragù italiano tradicional é feito com carne desfiada, cozida lentamente com vegetais, vinho e caldo, resultando em um molho encorpado, ideal para massas como pappardelle e polenta. Já o molho à bolonhesa, típico de Bolonha, usa carne moída e é mais cremoso, com a adição de leite ou vinho branco, sendo perfeito para tagliatelle e lasanhas

Na América Latina, especialmente no Brasil, o ragù é adaptado com cortes de carne como acém ou paleta, desfiados após longo cozimento. O molho à bolonhesa brasileiro, por sua vez, é mais simples e dispensa o uso de leite ou vinho, mas continua sendo um clássico no dia a dia, geralmente servido com o clássico espaguete ou lasanhas. 

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6. Molho Arrabbiata: Picância na medida certa 

mesa com diversos tipos de pimenta e um bowl com molho de tomate

Para quem gosta de um toque picante, o molho arrabbiata é a escolha ideal. Seu nome, que significa “raivoso” em italiano, reflete sua picância, já que é feito com flocos de pimenta vermelha. Tradicionalmente, é servido com penne, uma massa curta que consegue capturar bem o molho, garantindo uma experiência equilibrada de sabores frescos e picantes

Na culinária mexicana, molhos como a salsa roja e o molho ranchero também combinam tomate e pimentas, porém com uma abordagem mais complexa. Eles incluem ingredientes como cebola, alho e coentro, além de variedades de pimenta locais, como jalapeño e chipotle, que acrescentam diferentes níveis de calor e sabor ao prato. A picância, assim como no arrabbiata, é central, mas os molhos mexicanos apresentam maior diversidade de temperos e nuances. 

7. Molho Puttanesca: Sabor forte e salgado 

spaguetti a puttanesca servido em prato branco

Original da Itália, o molho puttanesca é prático e cheio de personalidade. Conhecido por seu sabor marcante, graças à combinação de alcaparras, azeitonas e anchovas, ingredientes que causam uma explosão de umami no prato, que tradicionalmente é servido com espaguete.  

Na Argentina, ele é adaptado com pimentas vermelhas e azeitonas locais, tornando o molho mais picante. Já no Brasil, o puttanesca também ganhou espaço, e as anchovas, às vezes, são substituídas por sardinhas, mais familiares ao paladar local. A pimenta dedo-de-moça é outro ingrediente que pode ser adicionado para dar um toque levemente picante, adaptando o perfil de sabor ao gosto brasileiro.  

Toques finais

No fim das contas, é incrível perceber como os molhos de tomate podem se transformar e ganhar novos sabores dependendo de onde são preparados. A tradição italiana, com sua simplicidade, se mistura com ingredientes e temperos locais na América do Sul, criando receitas únicas e cheias de personalidade.

Seja para recriar pratos clássicos ou inventar algo novo, os molhos de tomate continuam sendo o coração de muitas refeições, trazendo sabor e aconchego para qualquer mesa ao redor do mundo. 

Assista esse vídeo para conhecer mais sobre os tipos de molho de tomate: